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Depressão - como surge, evolui e como tratar segundo a Psicologia Comportamental

  • Foto do escritor: Gabriel Menezes
    Gabriel Menezes
  • 12 de jul.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 15 de jul.


Mulher deitada  com as mãos cobrindo o rosto.
A depressão inicia-se com algum evento traumático, levando a humor deprimido e/ou perda de interesse em atividades cotidianas.

A depressão é uma psicopatologia marcada, principalmente, pelos sintomas de humor deprimido e perda de interesse em atividades cotidianas. Caso pelo menos um desses apareça junto a: perda ou ganho de peso acentuado involuntário, insônia ou hipersônia, agitação ou retardo psicomotor, fadiga, sentimento de culpa, baixa capacidade de concentração ou pensamentos recorrentes de morte, já se pode pensar em depressão.


Em geral, a depressão inicia-se após algum evento doloroso na vida do indivíduo: uma demissão, um término de relacionamento, um luto, mudança de cidade, etc. Por conta dos sentimentos difíceis envolvendo essas rupturas, a pessoa afasta-se de atividades da rotina, algumas das

quais, antes, foram motivadoras e prazerosas.


Dessa forma, cria-se um ciclo: sentimentos difíceis afastam de atividades prazerosas, o que, por sua vez, gera mais desmotivação e sentimentos difíceis, que, por fim, criarão mais afastamento de atividades antes motivadoras. Sem apoio especializado, esse ciclo tende a ir crescendo e a Depressão vai se tornando mais severa e perigosa.


Com apoio de um psicólogo, é possível compreender como a Depressão se instalou e como ela vem se mantendo. Ou seja, a partir de qual evento surgiu o humor deprimido e a perda de interesse e como isso foi afetando hábitos da rotina para gerar ainda mais sofrimento. Esse rastreamento é feito de uma forma personalizada, entendendo particularidades dos hábitos e desafios da rotina do cliente.


Além disso, são observados sentimentos e pensamentos a fundo, para entender qual sua influência no transtorno depressivo. Em geral, pessoas com depressão tendem a ter pensamentos negativos sobre si e sobre o mundo, o que agrava a desmotivação e o humor deprimido. Na terapia, esses pensamentos são analisados não só com base no seu significado, mas com base no seu efeito sobre o comportamento do cliente, ou seja, como eles contribuem para a manutenção da Depressão.


Somado a isso, a rotina do paciente é observada a partir de duas medidas: prazer e maestria. A primeira diz respeito à percepção de satisfação nas atividades, enquanto a segunda corresponde à autopercepção de competência nas tarefas. Em geral, pessoas com depressão têm índices baixos nessas duas grandezas.


Partindo desse raio-x psicológico, o psicoterapeuta irá auxiliar o paciente a engajar-se em atividades que trarão maior satisfação, maestria e motivação. Em paralelo, serão acolhidos e abordados sentimentos difíceis que já estejam presentes e que podem surgir durante o engajamento nas atividades propostas. A ideia é desafiar-se a sair do padrão comportamental depressivo, mas sem desrespeitar o autocuidado.


Imagem de pessoa contra a luz do sol, observando o horizonte.
A ideia do tratamento para a depressão é gerar maior maestria e prazer em atividades da rotina.

Com o avanço do tratamento, o paciente tende a apresentar maior motivação, mais satisfação com a vida, maior facilidade em dedicar-se a tarefas e responsabilidades, maior autoconhecimento, dentre outros benefícios. Ademais, o trabalho conclui-se com a prevenção de crises futuras, gerando no paciente o autoconhecimento e o repertório para não recair num padrão comportamental depressivo.


A depressão é uma doença séria e perigosa, mas que conta com tratamentos baseados na ciência e com boa eficácia. Eles podem ser a ponte de um momento muito difícil para uma nova vida baseada em bem-estar e sonhos. Se você está com depressão ou sente que pode estar sofrendo desse transtorno, não deixe de pedir ajuda e entrar em contato com um profissional. Esse é um momento difícil, mas você não precisa enfrentá-lo sozinho!



 
 
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